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quarta-feira, 3 de março de 2010

Autor do Mês - Março - CEF1

Eça de Queirós

José Maria Eça de Queirós nasceu na Póvoa do Varzim em 25 de Novembro de 1845, filho de José Maria de Almeida de Teixeira de Queirós, então delegado da comarca, e de D. Carolina Augusta Pereira.
Em 1849, os pais do escritor legitimaram a sua situação, contraindo matrimónio. Eça foi então levado para casa dos seus avós paternos, em Aveiro, onde permaneceu até aos dez anos. Só então se juntou aos seus pais, vivendo com eles no Porto, onde efectuou os seus estudos secundários.
Em 1861, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Aqui, juntou-se ao famoso grupo académico da Escola de Coimbra que, em 1865, se insurgiu contra o grupo de escritores de Lisboa, a apelidada Escola do Elogio Mútuo. Esta revolta dos estudantes de Coimbra, a chamada Questão Coimbrã, é considerada como a semente do realismo em Portugal.
Terminou o curso em 1866 e fixou-se em Lisboa, exercendo simultaneamente advocacia e jornalismo. Dirigiu o Distrito de Évora e participou na Gazeta de Portugal com folhetins dominicais, que seriam, mais tarde, editados em volumes com o título Prosas Bárbaras.
Por influência do seu companheiro e amigo universitário, Antero de Quental, entregou-se ao estudo de Proudhon e aderiu ao grupo do Cenáculo. Em 1870, tomou parte activa nas Conferências do Casino (marca definitiva do início do período realista em Portugal) e iniciou, juntamente com Ramalho Ortigão, a publicação dos folhetins As Farpas.
Decidiu entrar para o Serviço Diplomático e foi Administrador do Concelho em Leiria. Foi na cidade do Lis que elaborou O Crime do Padre Amaro. Em fins de 1872 é nomeado Cônsul em Havana, Cuba. Dois anos mais tarde, foi transferido para Inglaterra. Foi em terras britânicas que iniciou a escrita de O Primo Basílio e começou a arquitectar Os Maias, O Mandarim e A Relíquia.
Em 1886, casou com D. Maria Emília de Castro, uma senhora fidalga irmã do Conde de Resende.
Em 1888 é nomeado cônsul em Paris. Publica Os Maias (o seu romance mais famoso) e chega a publicar na imprensa Correspondência de Fradique Mendes e A Ilustre Casa de Ramires.
Morreu em Paris em 1900.

Maratona da Leitura

A Semana da Leitura decorre na Escola Básica e na comunidade envolvente onde se desenvolveram várias actividades e animadas leituras...
De 1 a 5 de Março comemora-se na nossa escola e em todo o agrupamento a Semana da Leitura através de diversas iniciativas organizadas pela equipa de professores da BE. Pretende-se, assim, continuar a incentivar e motivar toda a comunidade educativa para a importância da leitura, proporcionando uma série de actividades nas quais todos podem participar. À semelhança do ano transacto, estão a ser efectuadas leituras expressivas na em vários espaços da escola, nomeadamente na Direcção, Sala de Professores, Serviços Administrativos, Bar dos alunos e Cantina, contando com a colaboração d e alguns alunos que prontamente se evidenciaram disponíveis para efectuarem essas leituras.
No que respeita às leituras efectuadas em contexto sala de aula, decidiu-se pela organização de uma 2ª edição da Maratona da Leitura, dada a aceitabilidade verificada no ano anterior. Esta actividade pressupõe a participação de todos os docentes e professores titulares de turma, consistindo na selecção de um livro/conto da BE a ser lido por cada turma, em todas as disciplinas, todos os dias dessa semana. Os alunos estão a aderir de forma muito animada.
Ainda como actividades destaca-se o painel onde os alunos dos vários anos podem exprimir através de palavras e/ou desenhos o que significa para eles a leitura; desenhos para pintar; existe também um conjunto de imagens alusivas à temática, para legendar, num placard preparado para o efeito. E, finalmente destaca-se uma actividade inovadora no agrupamento, que consiste em levar a leitura à comunidade, isto é, foram seleccionados e postos ao dispor para uma leitura descontraída ou eventualmente domiciliária, alguns livros da BE, em pastelarias da região. Esta iniciativa surgiu de uma conversa com a Directora do agrupamento que incentivou a sua realização. Também na sala dos professores foi criado um cantinho de leitura, onde foram colocados alguns livros do nosso Centro de Recursos, disponíveis para leituras informais ou domiciliárias.
Em termos de oferta ou pequena lembrança desta semana e da sua importância na formação pessoal de cada um, foram elaborados marcadores de livros com referência a alguns dos autores existentes na nossa BE e pequenas cartolinas em forma de livros, simbolizando a leitura e onde foram colocadas frases alusivas, da autoria de personalidades célebres ou simplesmente anónimas.
Todas iniciativas realizadas na EB, organizadas pela equipa da BE/CRE encontram-se a ser igualmente divulgadas à comunidade através da Rádio Voz do Neiva, onde inclusivamente uma aluna do 9º ano procedeu à gravação da declamação de um poema da obra AS FADAS, da autoria de Antero de Quental.

Prof. Isabel Soares