Natália de Oliveira Correia nasceu em São Miguel (Açores), no
dia de 13 de setembro de 1923.
Quando tinha apenas onze anos o pai
emigrou para o Brasil e juntamente com a sua mãe e irmã veio para Lisboa,
cidade onde fez estudos liceais no Liceu D. Filipa de Lencastre. Iniciou-se na
literatura com a publicação de uma obra destinada ao público infantojuvenil,
mas rapidamente se afirmou como poetisa.
Notabilizou-se através de diversas
vertentes da escrita, já que foi poetisa, dramaturga, romancista, ensaísta,
tradutora, jornalista, guionista e editora. Tornou-se conhecida na imprensa
escrita e, sobretudo, na televisão, com o programa Mátria, onde advogou uma
forma especial de feminismo.
Dotada
de invulgar talento oratório e grande coragem combativa, tomou parte ativa nos
movimentos de oposição ao Estado Novo, tendo participado no Movimento de Unidade
Democrática, em 1945, no apoio às candidaturas para a Presidência da República
do general Norton de Matos e de Humberto Delgado. Foi deputada à Assembleia da
República (1980-1991), onde interveio politicamente ao nível da cultura e do
património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres.
Em 1981 foi feita Grande-Oficial da
Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e em 1991 recebeu o Grande Prémio de
Poesia da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro Sonetos Românticos. No mesmo ano, a 26 de novembro, foi feita
Grande-Oficial da Ordem da Liberdade
Ficou conhecida pela sua personalidade livre
de convenções sociais, vigorosa e polémica, que se refletiu na sua escrita. A
obra de Natália Correia encontra-se traduzida em várias línguas.
Faleceu
a 16 de março de 1993, deixando um vazio na cultura portuguesa muito difícil de
preencher.
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